poesia

A barca desliza na água

A barca desliza na água
Com a relva e as árvores ao redor
Na linda natureza
No rio a navegar em direção à foz

O som das ondas a quebrar
A brisa fresca do vento
E o aroma das flores a crescer
Ao som do canto dos pássaros

Tanta beleza ao redor
Vida serena e tranquila
A calmaria de um dia de verão
E o sol a banhar a terra verde

A barca desliza na água
Enquanto a natureza encanta
A barca continuará a navegar
Até o fim da jornada

23-jan-2023

João Pires autor

Standard
poesia

Caminho da vida

Caminho da vida
Que se faz por veredas
Erva seca e arvoredos
Arbustos vivos

Vejo o fim do caminho
Mas por artes mágicas
Se desdobra em nova curva
Se não suceder coisa trágica

Erva do monte
Cresce sem cuidados
Oferece o seu melhor verde
Para quem percorre os trilhos

Qual ninfa caçadora
Surges do meio da natureza
Prendes-me com o teu olhar
Numa mirada de surpresa

Debaixo da ramada
Declaro o meu amor
Ao anjo com asas
Que surgiu no pico do calor

Talvez fosses um sonho
Que surgiu pelo caminho
Vestido de verde
Sempre em renovação
Para alimentar o coração

Faz-te ao caminho da vida
Sem hesitação
Não importa se curta ou comprida
Mas aprecia a natureza com emoção

13-06-2021

João Pires

Standard
poesia

Olha para a natureza

Olha para a natureza   

Como se fosse um sopro de vida   

Plena de nobreza  

Sem saber quando chega a despedida  

Pensa nos animais   

Como se fossem teus irmãos   

Pendurados nos varais  

Sem qualquer acção  

Se as árvores   

Forem o teu mundo   

O oxigénio dos teus pulmões  

Em terreno mais fecundo  

Quando a floresta   

For o mistério a desvendar  

Não haverá besta  

Que seja bela para amar  

Olha para a natureza  

Ouve a água do regato  

Como se estivesses a tua mesa  

O mundo no teu prato   

Vive a vida com singeleza  

Um dia de cada vez  

Para apreciar a natureza  

As nuvens os pássaros os rios  

Tudo mais que vês  

Se a vida fosse difícil  

Não duravas mais 2 dias  

O relógio não é um projecto  

Não vás em cantigas  

Para viver não é preciso sofrer  

Para cantar não é preciso gritar  

Para amar não é preciso para adoçar  

Para morrer não é preciso correr  

Para encantar basta saber sonhar 

30-03-2021

João Pires

Standard
poesia

O Paredão

Quebra as ondas do mar
Solta-se a bruma
Cheiro de salga no ar
Ondas plenas de espuma

Estrondo das ondas no paredão
Ritmadas pela natureza
Num forte encontrão
Contra a barreira da dureza

Salpicos de mar
Chuva salgada
Nem penses em caminhar
Sobre aquela estrada aberta

Se os céus te avisarem
Que os mares estão zangados
Imagina se causarem
Perdas dos empolgados

Gostas que molham o rosto de razão
Arriscas um pouco mais
Para sentires o furacão
Maior juízo têm animais

Pedra escorregadia
Caminho húmido
Deslizas os pés com ousadia
Sem soltar um gemido

22-02-2021

João Pires

O Paredão, Dorset, Inglaterra, foto de Ross Hoddinott

Standard
poesia

Se a poesia falasse

Se a poesia falasse
Eu te entendesse 
Talvez o mundo respirasse 
A vida nascesse 

Se a poesia falasse comigo 
Mostrar-me-ia a que sabem nuvens de algodão 
Desvendaria a razão  

Se a poesia falasse comigo 
Descobriria o encanto do coração 
O significado de amigo 

Quando a poesia falar aos homens 
Então deixará de haver guerra 
A mãe natureza poderá respirar de alívio 
O canto dos pássaros será compreendido 

Se a poesia encantar os homens 
Deixara de haver ódio 
O céu brilhará mais forte 
Surgirá um novo azul 

Quando a poesia dançar 
Então os homens irão entender a beleza do movimento 
Em ritmo de acasalamento 

Se a poesia sonhar 
Então a humanidade poderá respirar 
Viver e amar 
As flores serão flores 

Quando a poesia deixar de suplicar 
Cairá o pano preto 
Do teatro da vida 
O canto dos pássaros morrerá 

Por isso deixem a poesia viver 
Enquanto é tempo de amar 
Enquanto é hora de sonhar 
Para que a vida possa respirar 

15-12-2020

João Pires

Standard