Pudera eu
adivinhar a linha do horizonte
entre o céu e o monte
entre o laranja do sol poente no mar
Pudera eu saber
o que está para além daquela linha
fio ténue da imaginação
que separa a razão do coração
Cordas, estacas e outras amarras
que prendem à terra
senão navegaria até Inglaterra
sulcando ondas e vagas
Ouvir o ronco da sirene
em noite de bruma incerta
avistar a luz do farol
será a atitude mais certa
Pudera eu
apreciar a luz do por do sol
todos os dias
8-5-2022
João Pires
Gostei deste poema! Parabéns!
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